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18.3.13

Raventós i Blanc no Bazzar

Ouvi dizer que agora tem uma moda de beber espumantes em taça de vinho borgonha, aquelas gordas. Idiotice dupla. 
Se o borgonha é bom, é bom até em copo americano, se o espumante é bom, não vai ficar melhor numa taça feita para vinho.... 
Esse foi um dos assuntos na degustação da Raventós i Blanc hoje no Bazzar: o nível de afetação na enogastronomia chegou ao insuportável. 
Para começar a degustação promovida pela Decanter provamos um cava L'Hereu Reserva 2008 bem honesto, suave, acima da média dos cavas que conhecemos por aqui, como era de se esperar de uma vinícola artesanal como a Raventós. Esse cava foi acompanhado pelo mais-que-famoso-e-meu-favorito carpaccio de pato com queijo de cabra do Bazzar. 
Depois nos foi servido uma das estrela do dia, o cava Brut Rose de Nit 2009, um rosé seco, isso mesmo, seco, nada mulherzinha, muito diferente do que estamos acostumados a provar por aqui. Uma cor rosada, nada daquele vermelho pirulito, que até engana o paladar pois o sabor é muito mais vivo do que sua coloração pálida. Esse foi acompanhado por um feijão de santarém com caju, tomate e broto de beterraba servido em uma taça de martini. Esse prato ficaria bom até em copo de papel.... 
O terceiro cava foi o melhor de todos, um La Finca 2006 - todos os cavas da Raventòs são safrados - que era um espetáculo. Altamente recomendado. Nariz rico, muito corpo e uma boca sem fim. Sensa. 
Antes dos vinhos e dos pratos principais provamos um Elisabet Raventós 2005 que não se mostrou tão rico como o anterior, embora seja o mais exclusivo produto da vinícola, ainda que fosse ótimo. É que a boca estava mal acostumada.
Mas até aqui foi só uma degustação de cavas.....ainda tinham o almoço e os vinhos.
O almoço em si começou com um bacalhau com azeite, alho confit e três pestos servido no copo - de vidro, claro - acompanhado do Silenci 2010, um branco picante, quase como um Albarinho, fresco, algo mineral, ácido, com algum corpo mas sem potência. Um vinho com muitos concorrentes e pouco diferencial. Depois comemos uma cavaquinha com purê de aipim e alho poró naquele padrão de excelência de sabor e criatividade do Bazzar. Foi quando bebemos outro branco beeeem mais importante, embora mais barato, o Perfum de Vi Blanc 2009. Esse sim com mais personalidade, corpo e perfume. Erá só o que faltava um vinho com esse nome não ter um belo nariz.
Ainda teve sobremesas e café, mas aí a gente já não dava para prestar mais muita atenção em nada como vocês podem perceber pela imagem acima.
Nas mesas ao lado, onde estavam ícones da enologia carioca, não sei qual foi o resultado se é que houve algum. Mas na minha opinião o bacalhau, o carpaccio, o rosé e o La Finca formaram o menu perfeito, com os cavas num patamar acima dos vinhos apresentados. Mas minha opinião é baseada em conhecimentos mais rasos do que uma taça de cava ou de vinho, seja borgonha, cabernet ou qualquer outra moda que venham a inventar.

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1 Comments:

Anonymous PF said...

Eu bem que queria pegar uma degustação dessas na próxima ida ao Rio!!!!

13/4/13 12:14  

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